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A VELA

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A VELA

O pai, professor aposentado, reencontra o filho, uma drag queen, anos depois de romperem relacao por nao aceitar a orientacao sexual do filho e sua escolha pela arte drag. Eles buscam uma reconciliacao. O velho professor Gracindo, decide se mudar para um asilo, por conta propria, depois de se ver muito sozinho apos o falecimento de sua esposa. Rompeu relacoes com o filho ha muito tempo, quando descobriu sobre sua orientacao sexual, o expulsando de casa. Prestes a se mudar, Gracindo precisa empacotar suas coisas e acaba revirando seu passado enquanto a falta de luz o obriga a usar uma vela. Porem, quem chega para o ajudar nessa mudanca e Cadu, ou melhor, Emma Bovary, seu filho drag queen que retorna para tentar as pazes com seu velho pai e entender o que fez um homem tao culto agir de forma tao violenta. Mas, Cadu, ou Emma e categorico: eles tem apenas o tempo da vela que o pai acendeu se consumir para essa conversa se resolver. E uma historia contada com delicadeza para que o espectador possa se identificar com os personagens. O nosso objetivo e mergulhar numa relacao verdadeiramente teatral e humana. O teatro sempre sera a arena necessaria para debater todas as formas de preconceitos, fala o diretor Elias Andreato. Para Leandro Luna, o espetaculo aborda as relacoes humanas e as feridas familiares que todos temos e nos identificamos. E muito importante, principalmente nos dias de hoje, estarmos em constante discussao sobre as diferencas e estimular a tolerancia e o respeito ao proximo. Vivemos tempos muito polarizados, onde o conceito de moral e conservadorismo tem alimentado a sociedade com discursos odiosos, segregacionistas, em vez de criar o dialogo respeitoso e democratico. Precisamos, atraves da Arte, propor o discurso de tematicas que incentivem o respeito entre os individuos, principalmente, a partir do ponto de vista da educacao familiar. Ja Herson Capri ressalta a atualidade do tema. A peca discute preconceito, acolhimento e a relacao familiar de uma forma inteligente e sensivel. Os preconceitos estao por ai, a nossa volta, o tempo todo. Convivemos, de uma forma ou outra, com pessoas conservadoras. Acho que a arte tem o dever de abordar os temas que tocam e afligem a sociedade. Acolher as diferencas e um deles. E nega las, tambem e preciso ser discutido. Para a construcao do texto, o autor Raphael Gama recorreu da percepcao que teve ao constatar a dificuldade em dialogar com sua avo, uma mulher tradicional, com resistencia em entender as mudancas que aconteciam na sociedade; e o quanto a incompreensao familiar afetava as escolhas de vida das drag queens em geral. Eu convivo com diversos artistas queers de Sao Paulo. Conheco pessoas que foram expulsas de casa e o fato dessa comunidade seguir sendo tao negligenciada e odiada, mesmo em meio a tanta informacao, me fez querer falar do assunto no ambiente familiar e sobre a importancia do dialogo como ferramenta de cura, explica. Duracao: 70 minutos Classificacao: 12 anos Evento gratuito Retirada de ingressos gratuitos na Casa da Cultura a partir das 12h do dia 24/10 Nao sera permitida a entrada apos o inicio do espetaculo Medidas de seguranca para a retirada dos ingressos e para o dia do evento: Uso de alcool em gel